domingo, 22 de julho de 2012

É UMA QUESTÃO DE CIVILIDADE, TAMBÉM.


O automóvel, símbolo, para alguns, do desenvolvimento econômico, se coloca hoje como uma das  maiores fontes de danos e de dificuldades para uma convivência salutar e, digamos inclusive, civil, nas nossas cidades.

O aumento dos veículos em circulação levou a aumentar problemas já existentes como a falta de garagens e estacionamentos em Belém. O uso e abuso do leito das ruas e das calçadas  para estacionamento  também gera problemas, dificultando mais ainda o transito pela cidade e isso não somente nos horários em que pais vão levar ou buscar seus filhos na escola.

Nas áreas tombadas de Belém  a situação é mais penosa ainda, pois  a defesa do nosso patrimônio histórico-cultural parece ser completamente ignorada, desde o momento da autorização de atividades, quaisquer que sejam, no Centro Histórico. Depois, nessa área, exatamente por ser tombada,  as dificuldades são maiores por causa da impossibilidade, na maior parte dos casos, da construção de garagens

Ainda o  aumento do transito leva, também,  a algo  mais grave, pois coloca em risco as condições de saúde dos cidadãos por causa do aumento da poluição atmosférica e acústica. Isso, sem falar no stress provocado por longos tempos perdidos para se deslocar, com um veiculo, de casa a qualquer outro lugar.

Estamos, praticamente, numa verdadeira  situação de emergência. A dimensão e a gravidade que o fenômeno da circulação assumiu por  causa do aumento dos veículos em circulação é agravado por trabalhos em curso em ruas e avenidas que levam para além dos confins de Belém, piorando mais ainda a situação do transito e das pessoas.

Essa série de elementos deveria servir para chamar a atenção de quem governa para evitar de comprometer mais ainda e de modo sério, e talvez até irreparável, o desenvolvimento  e o bem estar não somente físico dos cidadãos. De fato, a lentidão e estancamento  da circulação aumentam os tempos, seja  das comunicações como  do transporte,  o que influi direta e negativamente na produção e nos serviços, prejudicando o desenvolvimento de negócios, das relações comerciais e aumentando enormemente o tempo dos trabalhadores para chegar ao local do trabalho ou em casa. Quem paga isso? Em muitos casos, a nossa saúde.

Para iniciar a cuidar desses problemas, um passo a frente  já seria re-desenhar as áreas  urbanas mais intensamente habitadas através de uma programação racional e orgânica de estacionamentos, que levasse em consideração as exigências ambientais diurnas e noturnas. Estacionamentos  públicos e particulares.  Criar um sistema de transporte cômodo a partir desses estacionamentos, que facilitasse a chegada daqueles que estacionaram seu veiculo a  outras áreas.

O objetivo seria começar a realizar um programa de tutela dos valores constitucionais primários da saúde e daquele, sempre constitucional, da economia nacional, programa  esse  feito para enfrentar uma situação excepcional com meios extraordinários.

Indiretamente, poderíamos estar falando de educação, também. De participação de todos na resolução de um problema provocado pelo carro, através da renúncia de facilidades fictícias. 


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TEM GOVERNOS QUE NÃO MERECEM OS CIDADÃOS QUE TEM


Recebemos e publicamos  uma resposta a esta nossa nota. Uma amiga, arquiteta, propôs algo mais do que acima dito, bem 30 anos atras.... e não aconteceu nada.


Dulce! Este mes de julho eu fiz 30 anos de formatura, então eu penso que isto já estava pensado desde o meu tempo de faculdade. Fizemos um trabalho com ajuda dos professores, claro, de estudos junto à Codem, exatamente ao que vc se refere, sobre os carros, estacionamentos, trânsito e fluxo de pessoas na área central de Belém. 
Eu lembro bem do meu trabalho de desenvolvimento de um estacionamento gigantesco naquela área onde hoje ainda funciona uma estaçao da Celpa, ali por perto da Receita Federal , perto da praça Kenedy na época, onde de lá saíria pequenos micro ônibus de quinze em quinze minutos , levando e trazendo pessoas aos seus trabalhos naquela area do centro comercial de Belém.

 Eu achava sensacional a idéia , e segundo os professores na época, seria doado os trabalhos à prefeitura e que seria feito o estudo de probalidade. Imagine vc hà trinta anos atrás!

Será que nenhum orgão se preocupa atualmente com isto ? EU não acredito!!
Onde estão estes trabalhos? Será que a prefeitura não deu a mínima atenção?
E a faixa azul , pq não continuou?
Porque não conseguem tirar os flanelinhas das ruas? Ou pelo menos dignificar este trabalho deles?

Nós cidadãos desta cidade nos incomodamos muito com isto, mas quem pode fazer alguma coisa por nós? se eles que poderiam não o  fazem, coitados dos que se revoltam ,e até morrem por isso...

Gostaria muito de contribuir para este melhoramento, mas como?
Não sei sinceramente.
BJs
Marci



Um comentário:

  1. avalizo um grande estacionamento na area da Praça kennedy e/ou adjacentes, num plano de revitalização do Reduto, incluindo reabertura da rua Belém. Bondes, bikes, ..., circulando no cento e no centro histórico, proibição de transito limitado para veiculos públicos, taxis, moradores cadastrados, .. com controle via cilindros no meio da rua que são acionados via frenquencia ou cctv.
    Mini portos em toda a extensão da Bernardo Sayão e outras da orla para atender ao fluxo continente X ilhas.

    SDS
    Valdemiro
    sds
    Valdemiro

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